quinta-feira, 3 de outubro de 2013

enquanto há estrada

Uma das razões por que quero continuar a trabalhar, é para vencer este cansaço brutal que me atormenta.
Por paradoxal que possa parecer, na verdade não é.
O corpo (que continua a encher), fraqueja, e de que maneira. Não há quem aguente carregar tanto peso, tanto peso extra, com dores nas articulações, dores nos braços, dores nas pernas. Em casa, e eu adoro estar em casa, as dores aparecem, acumulam-se, agigantam-se e desgastam-me física e emocionalmente.
Mas no trabalho, as dores acalmam, a doença espanta-se e o tempo passa com maior vivacidade, energia que o corpo acompanha com modéstia mas já provada competência.

Depois, há o outro lado, como sempre; há sempre um outro lado, caramba: dois dias de valente brincadeira, um a trabalhar que nem uma louca, no outro a levar pancada que nem uma condenada, e estou de rastos. Hoje, não houve nada para ninguém: só sopas e descanso, literalmente.

Estou presa entre os meus melhores remédios: o trabalho e o necessário descanso. O meu coração manda abrandar mas o meu cérebro avisa: se parares, ficas pelo caminho.
"Enquanto houver estrada há que seguir viagem", diz o Abrunhosa, e eu escuto a música, ao mesmo tempo que, por cima, se sente um coração descompassado a pedir para também ser ouvido...

T.

P.S. - Tive um momento feliz hoje!





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